quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Bela faiança variada de Coimbra (?)

Faianças de Coimbra, as minhas preferidas, que me desculpem as outros ...mas são da minha terra...

Prato comprado em Setúbal .
O chamado prato de oferendas, ou de casamento.
Bordadura em estampa a dourado, motivo central floral  em policromia limitado no covo por triplo filete em azul claro.
Lindo.

Grande  prato comprei-o a bom preço na feira de Setúbal, não me lembro quanto, de oferendas ou casamento.Aba do prato em estampa dourada ornada no rebordo por filete fino azul claro, e duplo filete da mesma cor a limitar o centro em amarelo canário e motivo floral em estampa  em aguada a preto.

















Prato esponjado em tons de manganês ornado a filete da mesma cor mais forte na aba do rebordo e do circulo ao centro.Século XIX, massa malegueira com buraquinhos e arrepiados no esmalte.
Loiça "ratinho".



Prato decorado a corações com grinaldas na aba e um coração isolado ao centro. Filete azul no limite do bojo e no rebordo em azul.
Assinado da fábrica Viúva A. Oliveira de Coimbra


terça-feira, 26 de outubro de 2010

Vitrines de memórias...

Comprei esta vitrina há coisa de mais de 20 anos numa loja em Almada com peças magníficas em liquidação.

Nela guardo com carinho restos de coisas e de nadas...contudo as minhas relíquias...
Memórias guardadas por entre vidros e espelhos que me regalam o olhar, me tranquilizam, adoro mexer, sentada no chão, abrir a porta, entrar e perder-me a sonhar...

Copitos a fazer lembrar-me o pixel de abafado que bebia na casa do Ti Parolo, dos "caquinhos" que vou encontrando no quintal...das pedrinhas de Conimbriga...
Cadilhos vivos, não passo sem eles, esta vitrina está na casa de província, tenho outra maior na minha casa habitual...não vivo sem a sua presença, fazem-me falta!
Esta é a outra

Tantas são as memórias aqui guardadas.
De tantas idades, de tantas pessoas.
São o meu refugio de saudades e de amores perdidos.
Coysas, loysas & trolhas de memórias do passado, mas vivas no presente.
Como disse de tudo e de nada que seja pequeno e me mova a guardar...lá está!

domingo, 24 de outubro de 2010

Faiança atribuída a Coimbra (?)

Adorei-o quando o vi na feira da Costa de Caparica.O vendedor nosso conhecido demorou tempo para me dar o preço -, percebi que o acabara de comprar a um colega na mesma feira, quis ganhar dinheiro connosco, caro e mal estimado.
A fábrica do Juncal encerrou com as invasões francesas e nessa altura ainda não se usava a estampilha, apesar de num livro da especialidade de Jorge Sampaio  ter visto uma peça estampilhada o que pode dizer se produziram algumas.A cor amora muito visível no filete do rebordo e as contas à sua volta  e o centro do prato são pintura manual e tem muita semelhança com loiça do Juncal. O José Reis vindo de Coimbra para Alcobaça em 1875 fabricou muita loiça que se confunde com a de Coimbra.
O chamado prato de casamento, fabrico finais do século XIX em esmalte cor de grão decorado ao centro, e na aba,  a estampa em castanho escuro tipo borra de vinho. No rebordo círculo de contas com debruo a filete cor de amora. A cor castanha da estampa e das contas de intenso brilho cor amora faz saltar dúvidas  Alcobaça ou Coimbra? 
Aqui está uma boa pergunta? 
Sem marca, possivelmente fabrico de Coimbra(?).Finais do século XIX inicio de XX(?)
Tigela do crescente de talhar a broa em redondo.Comprei-a na feira da Figueira da Foz.
Faz parte das minhas recordações, de ver as mulheres com elas nas mãos com massa levedada, para fazer a broa.Esta muita antiga, em faiança nota-se pelo verso a forma como foi feita, não é em redondo como seria suposto ser, foi talhada a cana.Peça côncava ornado no limite do fundo por duplo filete em castanho e no limite do bordo da aba igual.
Naquele dia havia outra na feira, decorada com frisos em azul, de morrer, nunca tinha visto igual, mas e o preço? fiquei-me por esta, mais vale uma que nenhuma!
Sem marca possível fabrico de Coimbra (?).Finais do século XIX(?)
Palangana comprada na feira de Paço d'Arcos em barro vermelho, nota-se pelas esbeiçadelas. Apresenta o covo acentuado com aba levemente côncava. Decoração em estampa - pássaros e flores na aba ornada por duplo filete castanho ao meio do centro e no rebordo da aba. Serviam para  fazer o requeijão .
Possivelmente fabrico do inicio do século XX de Coimbra (?).
Barro vermelho(Coimbra)
Outra palangana comprei-a na feira de Azeitão. Veio de Oliveira do Hospital onde a sua mãe fazia o requeijão.Impecável, de covo acentuado com aba levemente côncava ornada com raminhos de cerejas , ao meio do centro filete amarelo ocre e no limite do bordo igual. Fabrico início do  século XX. 
Sem marca possível atribuição a Coimbra, pela textura, decoração a cerejas e filetes em ocre  (?). Anos 20/40( ?).
Alguidar  pertence seguramente à última fase"da loiça ratinho" fabricada no século XX.O verso é bem característico.Este formato afunilado é raro aparecer, das minhas preferidas.Havia uma muito parecida na casa da avó Rosa do meu marido, que a irmã...
Irresistível foi compra-la apesar de cara na feira de Paço d'Arcos . 
  • Dizia o vendedor "era de Nisa vi -me aflito para a velhota a tirar da chaminé" quando perguntei o porquê, respondeu-me "os filhos não querem que ela venda nada"...mais tarde soube que contava a mesma história a outros...
Duplo filete em castanho a ornar o meio do fundo e aba com estampilha em motivos florais na policromia manganês, azul e amarelo e filete castanho no limite do bordo.
Sem marca possível atribuição a Coimbra , fabrico inicio século XX (?).
Bacia "Ratinho" pintada à mão meados século XIX comprei-a em Paço d'Arcos. Ao centro pétalas em remoinho em azul claro ornada de traços que se entrelaçam em amarelo ocre e entre eles pingos de verde cobalto. A aba decorada por borrões pequenos em maganês tipo borra de vinho com filamentos em azul, amarelo e verde cobre com debruo da bacia por filete em manganês.
Sem marca, finais século XIX inicio de XX, fabrico de Coimbra .
Bacia que comprei-a na feira-da-ladra do principio século XX, o verso é muito grosseiro e a textura da massa também.Esmalte cor de grão com estampagem  de ramos de flores na aba em azul com duplo filete em castanho ao meio do limite do covo e um no rebordo.
Sem marca,  fabrico meados século XX de Coimbra (?) .

Alguidar minúsculo branco com filete no limite do bojo e no rebordo duplo, sendo um mais grosso e outro mais fino.Esmalte branco e aba do rebordo deitada. 
Fabrico meados século XX. Sem marca possível fabrico de Coimbra.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Pé de encaixe para prato escorredor Coimbra (?)

Nada menos que um pé de suporte de um prato escorredor de copos de aguardente que se enchiam a deitar fora, por isso se aproveitava o que caia no prato com furinhos para escorrer para dentro do pé.

Encontrei-a por mero acaso na feira da ladra

Gostei do rendilhado azul, cor minha preferida nas faianças.
Peça atribuída ao século XIX  (?) em faiança. 
Elegância da peça no seu interior aberto para o reservatório da água. 
Peça com pintura monocromática em azul a cheio na base do pé e por entre os galões de flores, e a dois tons mais claro nas duplas de filetes. 
Quanto ao fabrico analisando o fundo, a cor láctea do esmalte, dupla de filetes e os esponjados -, pode ser Coimbra (?).

Uma peça em motivo cantão popular completa retirada http://ascoisasdequeeugosto.blogspot.pt/
Retirada de  http://velhariasdoluis.blogspot.pt/2013/07/salva-de-aguardente-em-cantao-popular.html
Adaptei ao meu pé uma vela grande redonda, ficou belíssima na sala junto ao candeeiro de cristal.

Mais tarde encontrei um prato coedor com os furinhos na feira de Paço d'Arcos - lindo e caríssimo na banca do Sr Lacerda -estranho, nem sabia a função

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Cortiço com tampa com estevas



Em cortiça claro!
Peça que me lembro desde sempre conhecer, a minha mãe quando casou trouxe um de casa dos meus avós para pôr atrás da porta da casa de banho,serviu como cesto da roupa suja durante anos.
Depois foi arrumado no sótão até ser redescoberto por mim, numa das últimas limpezas que lhe fiz, trouxe-o comigo, não sabia bem o que fazer dele.Por dentro ainda tem os paus cruzdos para as abelhas fazerem os favos de mel.
Aí surgiu-me a ideia de o pôr no hall da casa rural, mas não tinha tampa, essa tinha-se com o tempo perdido.
Nessa altura a minha filha trabalhava em Odemira, onde eu ia várias vezes, confesso que já conhecia, mas fiquei mais apaixonada, além da beleza da costa alentejana, as pessoas por certo são adoráveis, perdi horas a conversar...adoravam ouvir-me, senti, sempre tive jeito para as pessoas, de ensinar, coisas básicas, sorrir e fazê-las sorrir também...não é falta de modéstia....está-me nos genes!
Bem, aí soube de um senhor numa aldeola que era cesteiro e lá fui, o Sr Pombareiro, homem de mais de 80 anos, um sedutor!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Estórias de azulejos e porcelana...


O que encontrei junto ao rio Tejo ali ao junto do torreão sul do terreiro do paço...estava tudo enlameado...o que tive de esfregar...
Se olharem com atenção podem ver um deles ainda no chão...


Podem não valer nada, eu gosto deles, quem sabe se conseguirei fazer deles um quadro de Alminhas ,além de outros que hei-de arranjar
Interessante, é que a espessura é diferente


Fragmento em porcelana que só vi do género no paço de Alcáçovas no Alentejo, o jardim com alpendres cujas cúpulas estão revestidas a fragmentos de porcelana, havia um deles caído e claro trouxe-o comigo


Aqui os de Alcáçovas para poderem ver as semelhanças, estas porcelanas são figurativas pela frente e no verso

O fragmento maior de faiança que quase aposto ser pertença do século XVIII, já vi num Museu e livros.


No miradouro do convento dos Capuchos na Costa de Caparica no jardim também ainda existe este tipo de decoração, mais recente já com faiança portuguesa
Curiosamente mote para numa prateleira que comprei com 3 azulejos decorativos, que tirei e no lugar deles colei aleatoriamente caquinhos de faiança...ficou um espanto!
Tenho de me especializar em fotografia digital como a Maria A.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Medidas de capacidade de antigamente



Alqueire, meio alqueire, selamim...quem sabe o nome dos pequeninos que serviam para vender os tremoços...onça?
O primeiro, o alqueire, com pegas era pertença da minha Titi
O meio alqueire era do avô do meu marido
O selamim mais pequeno não está aqui, mas sim na casa rural e foi-me dado pela minha prima Júlia
Os pequeninos não resisti a compra-los numa feira de Setúbal por 5 €

Gravatas em jeito de painel



Recebi-as há anos de herança por falecimento do meu sogro.
Resolvi num rasgo criativo pendura-las no hall da casa rural, sítio mais apropriado, afinal era dele a casa.
Adaptei um azulejo alusivo aos "lenços dos namorados" que julgo era da cozinha da minha mãe para pendurar os panos,perdido algures até ser encontrado por mim onde as gravatas assentaram na perfeição.
Gosto de as apreciar com os noz feitos...dão-lhe vida...
Estão prontas a ser usadas!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Altar de souvenirs de locais de culto...



Comprei a prateleira comprida na feira de Oeiras .
Apreciei a antiguidade, fragilidade , logo me lembrei como ficaria bem por cima do meu oratório na casa de província. Assim foi, gosto do conjunto com o crucifixo engalanado por mim em jeito de imitação como vi na televisão na zona de Braga.
Na prateleira uma Senhora de Fátima e o Sagrado Coração de Jesus ornados a rendas,claro que antes lhes comprei as coroas, sempre fui vaidosa nos adornos... adoro enfeitá-los... ladeados por souvenirs de vários locais de oração ....ainda um Cristo estilizado que comprei numa feira de artesanato, no canto direito um ícone que a minha irmã me trouxe de um dos países de leste....gostaria que fosse a Virgem Negra...mas não me parece!

Faiança do norte de Gaia com flor de avenca a imitar o Juncal

Grande prato em faiança com motivo decorativo simples- ramos de avenca. Numa primeira impressão diz-se que é produção do Juncal. Numa s...