segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Travessa em faiança com motivo floral de Alcobaça (?)

O meu colega Paulinho Filipe, na feira de Setúbal encontrou esta travessa completamente suja que acredito comprou em estaminé de chão. a custo quase zero...apressado se chega à minha banca para perguntar se valia alguma coisa...Passados minutos volta de novo com a travessa lavada que pedi para fotografar, por a achar interessante.
Peça em faiança de formato oval, de rebordo ligeiramente ondulado.
Ao centro um ramo de flores em policromia elegante, ao limite do covo uma grega a meia tinta em preto, seguida de dois filetes um em amarelo torrado e outro em azul. A aba com estampa floral a vermelho.
Tardoz translúcido em pasta homogénea com "seis gatos", é porque o dono tinha estima na peça(?).Lamentavelmente foi mal colada há anos com cola amarela...
O mais interessante é ter gravado na massa o algarismo "4", que tenho algumas peças numeradas, mas sem saber se o número seja relativo ao tamanho da peça (?) ou à fabrica que além do nome também se identificaria por algarismo(?)
Com grande probabilidade ser fabrico dos meados do século XX. Agora saber a origem?
Poderá ser eventualmente fabrico de Coimbra, pelo motivo e pelo uso do vermelho.
Mas esta travessa inclino-me para fabrico de Alcobaça, no inicio da OAL, anos 30 (?).Porque copiama à semelhança do que se fazia em Coimbra, conseguiram peças de melhor qualidade, sobretudo em textura e grandes pintores, neste caso há pétalas em formato de coração, seriam bons amantes...
Saliento que só nestas duas terras tenho encontrado peças numeradas.

Faiança de aba recortada e relevada com paisagem de casario norte ou Coimbra(?)

Encontrei esta travessa oval em faiança na feira de Algés. Não que seja exuberante, o que me chamou a atenção foi o rebordo relevado como Sacavém e a Vista Alegre, também produziram assim peças. Agora saber quem copiou quem, não faço ideia, porque julgo a inicial é copiada de Inglaterra(?).
O motivo central da travessa apresenta-se em policromia com um rio ( Mondego ou Douro) pintado em azul claro e nele barcos, nas margens casario alto com telhados diferentes a vermelho, defronte na outra margem com cúpulas e arvoredo a verde ervilha. No céu supostas aves.
O rebordo pintado em esponjado a meia tinta num azul desmaiado.
Tardoz  na evidência do rebordo recortado, esmalte em pasta homogénea no tom "branco sujo". Marcas das trempes.
Com um pequeno "cabelo com um "gato".
Foi utilizado barro vermelho, nota-se no escorrido.
Apesar de não estar marcada, poderá tratar-se de faiança de fabrico de Coimbra  ou do norte (?)
Motivo de paisagem com um rio ao meio a mediar as margens, pode ser o Mondego ou o Douro.
Uso do barro rosado, pesada e recorte na abas, atributos a ambas.
A tonalidade do esmalte escura aventa ser fabrico de Coimbra. Porém  pode ser do norte (?) pela aba relevada.
Provável fabrico finais do século XIX inicio de XX (?).
Lembro um prato na casa de um familiar que tinha sido herdado de um padre na região centro, com muita certeza produção de Coimbra, decorado com a  mesma pintura a mais pequena, à direita. Por isso seja a minha inclinação por hora desta travessa para fabrico de Coimbra.
 Mereceu honras na sala, claro destronou outra!

Faiança do norte de Gaia com flor de avenca a imitar o Juncal

Grande prato em faiança com motivo decorativo simples- ramos de avenca. Numa primeira impressão diz-se que é produção do Juncal. Numa s...